A noite nublada, eu penso em você. Os momentos que te esperei colocar estrelas na minha vida quando só havia nimbos, nuvens, cinza, chuva. Não sei que lua deveria estar no céu hoje. Não sei o caminho certo sem a luz dos seus olhos. Quando irão consertar? Quando irei me consertar? Sozinha faz frio. Meus pés não esquentam só com os lençóis. Meus braços procuram o que abraçar. Sua falta traz pesadelos. Acordar é um tipo de pesadelo também. Ultimamente tenho passado os dias como que num borrão. Quando chego em casa, desmaio e é como se mudasse de plano, e acordo em outra época. Uma época em que eu não precisaria acordar e dormir assim. É tudo confuso, meu sono aparece nas horas erradas, minha inspiração me atinge de madrugada e eu não consigo trabalhar. É estranho. Não me sinto longe de você, se eu souber onde você está, então sei que tudo está bem. Talvez essa seja a definição de vício, talvez seja a vontade de te agarrar o tempo todo. De derreter-me em seus braços e fazer de você minha lareira, meu edredom, meu livro de mistério que ainda não solucionei.
