20 julho 2010

Tumores de Hipófise

Introdução: Os tumores de hipófise podem ser classificados como funcionantes e não funcionantes, de acordo com sua produção hormonal. São os tumores mais comuns da região selar, compondo de 90 a 95% destes. Os funcionantes são responsáveis pela produção dos hormônios ativos da hipófise. Os adenomas gonadotróficos apresentam-se, em geral, como adenomas clinicamente não secretores. Embora um número de tumores “não-funcionantes” possuam expressão gonadotrófica, estes pode liberar somente a subunidade alfa, ou ter perdido a habilidade de secretar o hormônio.

Desenvolvimento: A maioria dos tumores pituitários são neoplasias epiteliais benignas que se desenvolvem de parênquima da adenohipófse e se assemelham à histologia pituitária normal. Os adenomas não secretantes são pouco invasivos. O diafragma selar é a área de menor resistência e, portanto, estes tumores tendem a crescer para cima; são geralmente macroadenomas. Os pacientes referem cefaléia, alterações visuais e, às vezes, alterações endócrinas. Mais raro, porém, pode também comprimir um ou mais nervos cranianos que atravessam o seio cavernoso e provocar ptose palpebral e/ou oftalmoplegia. A cirurgia é método de escolha para o tratamento dos adenomas clinicamente não secretores, constituindo, até o presente, a maneira mais eficiente e rápida para a redução desses tumores.

Conclusão: Os tumores de hipófise, principalmente os adenomas, são importantes do ponto de vista endocrinológico e neurocirúrgico, tendo em vista suas repercurssões, por hipersecreção hormonal, alterações na secreção por compressão de estruturas adjacentes, e até mesmo efeitos de massa, podendo levar a hipertensão intracraniana. Por estarem situados na região selar, próximos ao trajeto do nervo óptico e oculomotor, podem cursar com alterações visuais, em particular os macroadenomas não secretores, principalmente por compressão do quiasma óptico. A compressão do quiasma por macroadenomas não passíveis de redução por tratamento clínico exige correção cirúrgica para maior preservação possível da função visual.

Referências Bibliográficas

LOPES, AC. Tratado de Clínica Médica; ROCCA; 2ª Ed.; VOLUME II, 2009.

MOORE, AJ; NEWELL; DW. Neurosurgery – Principles and practice; SPRINGER; Londres, 2005.

TELLA JR, Oswaldo Inácio de et al . Adenomas hipofisários não secretantes: Estudo de 36 casos. Arq. Neuro-Psiquiatr., São Paulo, v. 60, n. 1, Mar. 2002 .

ABUCHAM, Julio; VIEIRA, Teresa C.. Adenomas hipofisários produtores de glicoproteínas: patogênese, diagnóstico e tratamento. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo, v. 49, n. 5, Oct. 2005 .

*Resumo de uma revisão de literatura feita como trabalho para a faculdade.

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